Pombal registra o primeiro caso de Microcefalia; Outras 51 cidades têm grávidas acompanhadas

A Secretaria de Estado da Saúde notificou, até 28 de novembro, 248 casos suspeitos de microcefalia, distribuídos em 52 municípios paraibanos.
De acordo com o Boletim Epidemiológico divulgado na tarde desta terça-feira (1º), João Pessoa se mantém como o município com maior número de casos suspeitos, num total de 125, o que representa 50,4% dos casos, sendo também o que mais revisou prontuários, realizando busca ativa retrospectiva nos atendimentos das maternidades públicas.
Segundo o tipo de detecção, 91% das notificações foram de recém-nascidos, que se enquadraram na definição de caso suspeito, e as demais foram de gestantes, cujos fetos tiveram seus diagnósticos através de exames de ultrassonografia.
Todos os casos estão sendo investigados pelas Secretariais Municipais de Saúde, com apoio da Secretaria estadual.
Além de João Pessoa, com 125 casos suspeitos, também foram notificados 12 casos no Conde, 10 casos em Alhandra, nove casos no município de Sapé, oito casos em Caaporã, oito em Pitimbu, seis em Bayeux, Monteiro e Santa Rita (cada), cinco casos notificados em Pedras de Fogo e três em Rio Tinto.
Foram notificados dois casos suspeitos nos municípios de Alcantil, Cabedelo, Cacimba de Dentro, Capim, Itabaiana, Juripiranga, Mamanguape, Salgado de São Félix e São Miguel de Taipu.
Com um (01) caso suspeito de microcefalia notificado estão Alagoa Nova, Algodão de Jandaíra, Aparecida, Arara, Araruna, Baía da Traição, Belém, Bernadino Batista, Boqueirão, Cachoeira dos Índios, Campina Grande, Catolé do Rocha, Caturité, Esperança Guarabira, Gurinhém, Itapororoca, Juazeirinho, Juru, Lucena, Mari, Mataraca, Olivedos, Piancó, Pombal, Queimadas, São Bento, São Domingos do Cariri, São José dos Cordeiros, Campo de Santana, Tavares e Zabelê.
“A maioria dessas notificações foi realizada com base apenas na medida do perímetro cefálico (PC) igual ou inferior a 33 cm, independentemente da mãe relatar ou não sinais ou sintomas de doenças infecciosas durante a gravidez e de exames complementares. Portanto, trata-se de uma triagem de crianças nascidas a partir de 1º de agosto, que se enquadram na definição de caso suspeito, a fim de possibilitar o desencadeamento da investigação e, com isso, concluir um diagnóstico final de confirmação ou descarte de malformação congênita, conforme protocolo clínico do Ministério da Saúde”, explicou a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Renata Nóbrega.
O Ministério da Saúde confirmou no sábado (28) a relação entre o Zika vírus e o surto de microcefalia na região Nordeste. O Instituto Evandro Chagas, órgão do MS em Belém (PA), encaminhou o resultado de exames realizados em um bebê, nascido no Ceará, com microcefalia e outras malformações congênitas. Em amostras de sangue e tecidos foi identificada a presença do Zika vírus.
“Essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial. As investigações sobre o tema devem continuar para esclarecer questões como: a transmissão desse agente; a sua atuação no organismo humano; a infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez”, explicou Renata Nóbrega.

AÇÕES:

Entre as ações desenvolvidas pela SES estão reuniões com as áreas técnicas da SES, apoio do Ministério da Saúde e Gabinete da SES para a apresentação e discussão sobre a situação epidemiológica da microcefalia na Paraíba, reunião com o Hospital Universitário Lauro Wanderley, para a proposta de ter o serviço como referência no atendimento aos casos de microcefalia, reuniões com o Grupo Técnico da Rede de Atenção Pediátrica, para apresentação da situação epidemiológica do estado, discutindo o protocolo e proposta de pactuação das referências da Rede de Atenção no atendimento à microcefalia, considerando as recomendações do MS, tendo como objetivo utilizar a telemedicina para potencializar o cuidado e monitoramento dos casos suspeitos, a elaboração de formulário online – FormSUS – para notificação dos casos suspeitos de microcefalia, reunião para finalização do protocolo estadual de atendimento aos casos nas investigações dos casos notificados, entre outros.
Os serviços de referência no tratamento dos casos de alto risco são: Maternidade Cândida Vargas, Maternidade Frei Damião e Hospital Universitário Lauro Wanderley (em João Pessoa), Maternidade Peregrino Filho (em Patos) e o Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea, em Campina Grande).
A Secretaria de Estado da Saúde, em consonância com Ministério da Saúde, orienta:
Às gestantes:
1. Terem a sua gestação acompanhada em consultas pré-natal, realizando todos os exames recomendados pelo seu médico;
2. Não consumirem bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de drogas;
3. Não utilizarem medicamentos sem a orientação médica;
4. Adotarem medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doenças, com a eliminação de criadouros (retirada de recipientes que tenham água parada e cobertura adequada de locais de armazenamento de água);
5. Protegerem-se de mosquitos, adotando medidas como manutenção de portas e janelas fechadas ou teladas, uso de calça e camisa de manga comprida e utilização de repelentes indicados para gestantes;
6. A utilização do repelente tópico, considerando a possível relação entre o Zika vírus e os casos de microcefalia diagnosticados no país. “Estudos disponíveis na literatura, conduzidos em gestantes durante o segundo e o terceiro trimestre de gestação e em animais durante o primeiro trimestre, indicam que o uso tópico de repelentes a base de DEET por gestantes não apresenta riscos”, diz Renata Nóbrega. Mais informações podem ser obtidas no endereço: http://j.mp/nota_repelentes.
Aos gestores e profissionais de saúde:
1. O registro dos casos identificados de microcefalia, que se enquadram na definição de caso, deve ser realizado oportunamente, no formulário de Registro de Eventos de Saúde Pública referente às microcefalias (RESP –Microcefalias), no endereço http://www.resp.saude.gov.br/microcefalia#/painel;
2. Todos os casos notificados, que cumprirem a definição de caso suspeito de microcefalia, deverão ser investigados para identificação oportuna da ocorrência de alteração do padrão de microcefalia em nascidos vivos no estado;
3. A notificação imediata no RESP não isenta o profissional ou serviço de saúde de realizar o registro dessa notificação no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc), por meio da Declaração de Nascido Vivo (DNV);
4. O atendimento das crianças que nasceram com microcefalia vem sendo realizado nos serviços de saúde da Rede de Atenção do Sistema Único de Saúde (SUS).
Quanto ao uso de repelentes ambientais, a utilização correta dos saneantes regularizados na Anvisa submete a população apenas aos riscos ambientais ocasionados pelo possível contato com as substâncias químicas presentes nas formulações. Tais riscos estão devidamente gerenciados pelas avaliações físicoquímicas e toxicológicas que a Anvisa faz para a aprovação de princípios ativos e produtos formulados. Cabe destacar que esses produtos não devem ser indicados ou utilizados diretamente em seres humanos, mas em superfícies inanimadas e/ou ambientes, seguindo sempre, com atenção, as orientações do fabricante.
Mais informações podem ser obtidas no seguinte endereço eletrônico: http://j.mp/nota_saneantes.
Para outros esclarecimentos, deve-se entrar em contato com o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), por meio do seguinte endereço eletrônico: cievs.pb@gmail.com ou pelo telefone: 0800-281-0023.
Com Secom – PB

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